05/01/2024

Frases e Pensamentos de Clarice Lispector

  • A vida é curta demais para eu ler todo o grosso dicionário a fim de por acaso descobrir a palavra salvadora.
  • A vida é igual em toda a parte e o que é necessário é a gente ser a gente.
  • Aceitar-me plenamente? É uma violentação de minha vida. Cada mudança, cada projeto novo causa espanto:meu coração está espantado. É por isso que toda minha palavra tem um coração onde circula sangue.
  • Acho que o processo criador de um pintor e do escritor são da mesma fonte. O texto deve se exprimir através de imagens e as imagens são feitas de luz, cores, figuras, perspectivas, volumes, sensações.
  • Acho que sábado é a rosa da semana.
  • Amanheci em cólera. Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece...
  • Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca.
  • Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro...
  • Brasília - uma prisão ao ar livre.
  • Casamento não é o paraíso nem o inferno - é apenas o purgatório.
  • Chegando em casa não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter.
  • Com todo perdão da palavra, eu sou um misterio para mim...
  • Como é ruim ser paciente, como eu tenho medo de ser uma "escritora" bem instalada, como eu tenho medo de usar minhas próprias palavras, de me explorar...
  • Divertir os outros, um dos modos mais emocionantes de existir.
  • E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior que eu mesma, e não me alcanço.
  • E ninguém é eu, e ninguém é você. Esta é a solidão...
  • E o que o ser humano mais aspira é tornar-se ser humano.
  • E se me achar esquisita, respeite também. até eu fui obrigada a me respeitar.
  • Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.
  • Em uma outra vida que tive, aos 15 anos, entrei numa livraria, que me pareceu o mundo que gostaria de morar. De repente, um dos livros que abri continha frases tão diferentes que fiquei lendo, presa, ali mesmo. Emocionada, eu pensava: mas esse livro sou eu! Só depois vim a saber que a autora era considerada um dos melhores escritores de sua época: Katherine Mansfield.
  • Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas - continuarei a escrever.
  • Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada.
  • Escrevo para me manter viva.
  • Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando...
  • Escuta: eu te deixo ser, deixa-me ser então.
  • Estava permanentemente ocupada em querer e não querer ser o que eu era, não me decidia por qual de mim, toda é que nao podia ser; ter nascido era cheio de erros a corrigir. Só tinha tempo de crescer. O que eu fazia para todos os lados, com uma falta de graça que mais parecia o resultado de um erro de cálculo. Na minha pressa eu crescia sem saber pra onde.
  • Estou procurando, estou procurando. Estou tentando me entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda...
  • Estou tentando abrir um túnel na rocha bruta. Eu sei, sei que é penoso. Mas qual é a busca que em si mesma não traga sua pena?
  • Estou à procura de um livro para ler. É um livro todo especial. Eu o imagino como a um rosto sem traços. Não lhe sei o nome nem o autor. Quem sabe, às vezes penso que estou à procura de um livro que eu mesma escreveria. Não sei. Mas faço tantas fantasias a respeito desse livro desconhecido e já tão profundamente amado. Uma das fantasias é assim. Eu o estaria lendo e de súbito, uma frase lida, com lágrimas nos olhos diria em êxtase de dor e de enfim libertação: Mas é que eu não sabia que se pode tudo, meu Deus!
  • Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro...
  • Eu escrevo simples. Eu não enfeito.
  • Eu misturei tudo, eu lia livro, romance para mocinha, livro cor de rosa, misturado com Dostoievski, eu escolhia os livros pelos títulos e não por autores, porque eu não tinha conhecimento...fui ler aos 13 anos Herman Hesse, tomei um choque: O Lobo da Estepe. Aí comecei a escrever um conto que não acabava nunca mais. Terminei rasgando e jogando fora.
  • Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.
  • Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada.
  • Eu sou uma pergunta.
  • Eu sou à esquerda de quem entra. E estremece em mim o mundo. (...) Sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.Sou um coração batendo no mundo.
  • Eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade.
  • Eu te odeio', disse ela para um homem cujo crime único era o de não amá-la. Eu te odeio, disse muito apressada. Mas não sabia sequer como se fazia. Como cavar na terra até encontrar a água negra, como abrir passagem na terra dura e chegar jamais a si mesma?...
  • Fique de vez em quando só, senão será submergido. Até o amor excessivo pode submergir uma pessoa.
  • Fiquei com vontade de chorar mas felizmente não chorei, porque quando choro fico tão consolada...
  • Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.
  • Há três coisas para as quais nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos.
  • Há um silêncio dentro de mim. E esse silêncio tem sido a fonte de minhas palavras.
  • Inútil querer me classificar,eu simplesmente escapulo não deixando. Gênero não me pega mais.
  • Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.
  • Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor.Que tem que ser vivido até a última gota.Sem nenhum medo. Não mata.
  • Mas já que se há de escrever, que ao menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas.
  • Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação...
  • Me justificar mais do que a vida? No mundo das coisas, quando sei que elas vão acabar, começo a fruí-las. Tenho medo de estar viva.
  • Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei.
  • Meu ponto de vista inicial sobre a insalubridade do esquema de salvação cristão e da origem humana das escrituras, se tornou mais claro e mais forte no decorrer dos anos e não vejo razão alguma para mudá-lo.
  • Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.
  • Minha força está na solidão.
  • Minha liberdade é escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo.
  • Na arte,a inspiração tem um toque de magia,porque é uma coisa absoluta,inexplicável. Não creio que venha de fora pra dentro,de forças sobrenaturais. Suponho que emerge do mais profundo eu da pessoa,do inconsciente individual,coletivo e cósmico...
  • Nenhum homem é bom o bastante para governar os outros sem seu consentimento.
  • Nunca conseguirás convencer um rato de que um gato traz boa sorte.
  • Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
  • Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante.
  • Não me interessa nenhuma religião cujos princípios não melhoram nem tomam em consideração as condições dos animais.
  • Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada...
  • Não se pode falar de silêncio como se fala de neve. Não se pode dizer a ninguém como se diria da neve: Sentiu o silêncio desta noite ? Quem ouviu não diz.
  • Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento. Renda-se como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Eu sou uma pergunta.
  • Não sei o que foi meu avô. Estou muito mais interessado em saber o que será meu neto.
  • Não sei separar os fatos de mim, e daí a dificuldade de qualquer precisão, quando penso no passado.
  • Não tenho medo nem das chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.
  • Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.
  • Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito.
  • Não é fácil escrever. É duro quebrar rochas. Mas voam faíscas e lascas como aços espelhados.
  • O amor é tão mais fatal do que eu havia pensado, o amor é tão mais inerente quanto a própria carência, e nós somos garantidos por uma necessidade que se renovará continuamente. O amor já está, está sempre. Falta apenas o golpe da graça - que se chama paixão.
  • O ato criador é perigoso", disse numa entrevista, "porque a gente pode ir e não voltar mais. Todo artista sofre um grande risco. Até de loucura.
  • O homem que trabalha somente pelo que recebe, não merece ser pago pelo que faz.
  • O jogo de dados de um destino é irracional ? É impiedoso.
  • O mundo inteiro teme a própria vida. A morte é coisa que não é nossa. Mas a vida, a vida é, e eu morro de medo de respirar.
  • O que importa afinal, viver ou saber que se está vivendo?.
  • O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós.
  • O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo...
  • Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras. Sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calmo e perdôo logo. Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre.
  • Os bichos me fantasticam. Eles são o tempo que não se conta. Pareço ter certo horror daquela criatura viva que não é humana e que tem meus próprios instintos embora livres e indomáveis. Às vezes eletrizo-me ao ver bicho. Estou agora ouvindo o grito ancestral dentro de mim: parece que não sei quem é mais a criatura, se eu ou o bicho.
  • Os espertos ganham dos outros , em compensação os bobos ganham a vida.
  • Os que negam liberdade aos outros não merecem liberdade.
  • Ouve-me, ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. Capta essa outra coisa de que na verdade falo porque eu mesma não posso.
  • Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar...
  • Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo o que sua vida exige. Parece uma vida amoral. Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma.
  • Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil...
  • Porque há o direito ao grito... então eu grito.
  • Quando eu me comunico com criança é fácil porque sou muito maternal. Quando me comunico com adulto, na verdade estou me comunicando com o mais secreto de mim mesma, daí é difícil... O adulto é triste e solitário. A criança tem a fantasia muito solta.
  • Quando faço o bem, sinto-me bem, e quando faço o mal, sinto-me mal. Eis a minha religião.
  • Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós...
  • Quanto a meus filhos, o nascimento deles não foi casual. Eu quis ser mãe. Os dois meninos estão aqui, ao meu lado. Eu me orgulho deles, eu me renovo neles, eu acompanho seus sofrimentos e angústias. Sei que um dia abrirão as asas para o vôo necessário, e eu ficarei sozinha. Quando eu ficar sozinha, estarei seguindo o destino de todas as mulheres.
  • Quase sempre a maior ou menor felicidade depende do grau de decisão de ser feliz.
  • Que ninguém se engane: só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.
  • Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado, com certeza vai mais longe.
  • Quero pintar uma tela branca. Como se faz? É a coisa mais difícil do mundo. A nudez. O número zero. Como atingi-los? Só chegando, suponho, ao núcleo último da pessoa.
  • Renda-se como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece, como eu mergulhei. Pergunte, sem querer a resposta, como estou perguntando. Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo o entendimento.
  • Resolvemos solenemente que estes mortos não caíram em vão; que esta nação, com a graça de Deus, terá nova aurora de liberdade; e que o governo do povo para o povo, não desaparecerá da terra.
  • Respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que imagina que é ruim em você - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma - é esse seu único meio de viver.
  • Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida...
  • Se a escravidão não é crime, não há crimes.
  • Se eu tivesse oito horas para derrubar uma árvore, passaria seis afiando meu machado.
  • Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.
  • Se uma pessoa perguntar durante meia hora a palavra 'eu', essa pessoa se esquece quem é. Outras podem enlouquecer. É mais seguro não fazer jamais perguntas - porque nunca se atinge o âmago de uma resposta. E porque a resposta traz em si outra pergunta.
  • Sinto a falta dele como se me faltasse um dente na frente: excrucitante.
  • Sobre um livro que lhe emprestaram quando era criança...
  • Sou brasileira naturalizada, quando, por uma questão de meses, poderia ser brasileira nata. Fiz da língua portuguesa a minha vida interior, o meu pensamento mais íntimo, usei-a para palavras de amor. Comecei a escrever pequenos contos logo que me alfabetizaram, e escrevi-os em português, é claro. Criei-me em Recife.
  • Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar.
  • Sou um coração batendo no mundo.
  • Suavizar penas alheias é esquecer as próprias.
  • Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca ou não toca.
  • Só se sente nos ouvidos o próprio coração.... Pois nós não fomos feitos senão para o pequeno silêncio.
  • Só trabalho com achados e perdidos.
  • Tenho que falar pois falar salva. Mas não tenho uma só palavra a dizer.
  • Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.
  • Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária.
  • Tão secreta é a verdadeira vida, que nem a mim, que morro dela, me pode ser confiada a senha, morro sem saber de quê. E o segredo é tal que, somente se a missão chegar a se cumprir é que, por um relance, percebo que nasci incumbida - toda vida é uma missão secreta.
  • Uma vez irei. Uma vez irei sozinha, sem minha alma desta vez. O espírito, eu o terei entregue à família e aos amigos, com recomendações. Não será difícil cuidar dele, exige pouco, às vezes se alimenta com jornais mesmo. Não será difícil levá-lo ao cinema, quando se vai. Minha alma eu a deixarei, qualquer animal a abrigará: serão férias em outra paisagem, olhando através de qualquer janela dita da alma, qualquer janela de olhos de gato ou de cão. De tigre, eu preferiria...
  • Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir.
  • É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo...
  • É difícil perder-se. É tão difícl que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo.
  • É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é tolo, do que falar e cabar com a dúvida.
  • É preciso coragem. Uma coragem danada. Muita coragem é o que eu preciso. Sinto-me tão desamparada, preciso tanto de proteção...porque parece que sou portadora de uma coisa muito pesada. Sei lá porque escrevo! Que fatalidade é esta?
  • É quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.
  • É uma infâmia nascer para morrer não se sabe quando nem onde...

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